O estudante Pedro Alonso, de 13 anos, já trocou de escola quatro vezes. Seu raciocínio rápido fazia com que terminasse as tarefas antes do esperado e, quando ficava desocupado durante as aulas presenciais, incomodava os professores e alunos. Mas ele não era um “problema”.

Identificado com altas habilidades/superdotação, termos identificados pelas siglas AH/SD, ele sabia mais do que a média. Isso deveria ajudá-lo na rotina escolar – mas o que aconteceu foi justamente o contrário.

O caso ganhou contornos ainda mais peculiares porque Pedro também tem autismo, o que demanda uma outra abordagem pedagógica.

As leis e regras educacionais preveem atendimentos específicos para AH/SD, mas nem sempre isso ocorre.

“A gente cansa de tentar fazer valer os direitos. Quando chega no limite, é mais fácil trocar de escola”, afirma a mãe, Pricilla Alonso, de 51 anos.

O Brasil tem 24.424 estudantes considerados com altas habilidades/superdotação. Mas o número poderia ser maior, com identificação dos casos e notificação ao governo.

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